Vira e mexe, a gente se vê diante de um impasse: quando gostamos de
uma decoração — ou até de uma roupa —, mas ficamos na dúvida se aquilo é
cafona ou não. Como saber? Antes de tudo, é preciso se sentir bem em
casa — ou numa peça de roupa. O limite entre o chique e o cafona é o do
bom senso, com fortes doses de bem estar. Não adianta, por exemplo, ter
um sofá lindo, mas que não é confortável para sentar e que precisa estar
sempre coberto com um lençol para não estragar. De uma vez por todas:
casa é para ser usada. E cafona é, podendo pagar, se privar do que se
gosta.
O bom e genuíno artesanato brasileiro está ganhando cada
vez mais o status de arte. Ao viajar de férias, invista numa peça
bacana. Os leões que ficam na entrada da casa de Felizardo (Diogo
Vilela) e Locanda (Stella Miranda), na novela “Aquele beijo”, são peças
famosas do artesanato pernambucano. Conhecidas como “Leões cacheados de
Mestre Nuca”. Peças como essas valorizam a decoração e contam história
sobre de onde viemos ou por onde passeamos. Mas é preciso observar o
espaço que se tem, para evitar excesso.
Vivianne Pontes é decoradora
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